Para esclarecer algumas dúvidas sobre Endodontia, entrevistamos a Dra. Lívia Nucci, Endodontista do Centro Odontológico da Tijuca.
O que é Endodontia?
Endodontia é o ramo da Odontologia que se ocupa do estudo, da prevenção e tratamento das afecções ou enfermidades pulpares (polpa do dente) e dos seus efeitos no periápice (tecidos vizinhos ao final da raiz). É popularmente conhecido como "tratamento de canal".
O que é o endodontista?
O Endodontista é o cirurgião dentista especialista em Endodontia (tratamento de canal) que diagnostica, trata e acompanha periodicamente todas as alterações que ocorre no interior do elemento dentário e coloca a disposição dos pacientes todos os recursos da biotecnologia que estão ao seu alcance, a fim de combater alterações que ocorrem no interior destes dentes (polpa, nervos, vasos sanguíneos e tecidos vizinhos das raízes), procurando desta forma restabelecer as normalidades dos tecidos ao redor do dente.
O que é polpa?
A polpa é um tecido conjuntivo altamente inervado e vascularizado, protegido e sediado no interior do dente, exercendo funções de formação, nutrição, defesa e sensorial.
O que é tratamento endodôntico?
É a remoção da polpa do dente, que pode estar sadia ou infectada e, ao ser removida é substituída por um material obturador.
Sempre que um dente dói, deve receber tratamento endodôntico?
Não. Os dentes podem ter resposta dolorosa a qualquer estímulo fora do normal: frio ou calor intenso, doce e salgado. Esses sintomas são observados em dentes cariados, com retração gengival ou submetidos à carga mastigatória intensa (trauma de oclusão). Nesses casos, removendo-se a causa, cessa a dor.
Quais são as causas das lesões pulpares?
Numerosas são as causas como, cáries, fraturas coronárias (coroa do dente), abrasões, bolsas periodontais, certos distúrbios endócrinos dentre outras, as quais podem levar a lesões pulpares irreversíveis, tendo como conseqüência a necessidade de intervenção endodôntica.
Quais são os sintomas mais característicos para se indicar o tratamento endodôntico?
Nos quadros agudos, dor espontânea, de forma latejante, que aumenta com o calor e não cessa com o uso de analgésicos. Em fases mais adiantadas da inflamação, a dor pode irradiar-se para regiões mais afastadas, sendo difícil distinguir qual o dente afetado.
Nos quadros crônicos, porém, os sintomas são ausentes ou mal caracterizados, sendo que a descoberta de um dente lesionado é resultado de exames periódicos de rotina ao dentista.
Devido aos diferentes estágios de inflamação em que pode se encontrar a polpa, somente o dentista está capacitado a fazer o correto diagnóstico da lesão pulpar através da anamnese (histórico do caso), do exame físico, testes térmicos e análise radiográfica, e então, instituir ou não o tratamento endodôntico.
Um dente já tratado pode receber novamente tratamento endodôntico?
Sim, geralmente quando, no primeiro tratamento, não foi possível seguir os padrões exigidos: limpeza (remoção dos microorganismos), preenchimento hermético do canal com o material obturador, etc. Essas falhas podem provocar alterações no periápice, tais como, abscessos e lesões crônicas.
O dente morre depois do tratamento?
Não, pois todo o suporte desse dente permanece vivo: osso, ligamento periodontal (fibras que fixam o dente ao osso) e cemento (camada que recobre as raízes). O inconveniente é que, como a polpa confere sensibilidade ao dente, se o mesmo for novamente atacado por cárie, isso não será percebido devido à ausência de sensação dolorosa.
Sempre que se trata o canal o dente escurece?
Não. O que acontece é a perda de brilho, o que dá um aspecto mais amarelado. O escurecimento acentuado só acontece quando o dente sofre uma hemorragia ou necrose pulpar antes do tratamento.
O que pode acontecer se o tratamento endodôntico não for realizado?
Poderá se desenvolver uma lesão na região apical (infecção na raiz e nos tecidos vizinhos), que poderá ter conseqüências mais sérias, como dor intensa, inchaço, febre e bacteremia (bactérias na corrente sangüínea) podendo ocasionar a perda do dente como também contribuir para o surgimento de patologias sistêmicas.
Mais informações: www.centroodontologicodatijuca.com.br
Telefone: (21) 2570-6047
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